Olá!
No natal de 2013 eu ganhei da minha amiga Patrícia um livro
chamado Irresistível, de uma escritora norte americana chamada Sylvia Day. O
livro era um romance erótico voltado para mulheres. Comecei a ler o livro e já
achei maravilhoso. Cada página que eu lia me dava mais curiosidade e ... enfim,
não preciso nem comentar, né, já que é um livro erótico.
A história é um romance de época, uma jovem da alta
sociedade londrina está prestes a se casar e no mesmo dia de seu casamento ela
presencia uma cena que mudou sua vida. Um belo homem fazendo sexo com uma
mulher. Ela ficou excitada e horas antes do casamento ela pediu para que seu
noivo a fizesse “mulher”. Depois de sete
anos o marido morreu e ela reencontra o belo rapaz que ela havia presenciado no
dia de seu casamento. Nisso o livro vai descrevendo de forma delicada as
relações sexuais do casal. A narração é rica em detalhes e podemos imaginar
belas cenas desse romance.
Eu fiquei curiosa a respeito dessa autora. Sylvia Day é uma
escritora norte americana descendente de japoneses nascida nos anos 70. Procurei
e vi que ela escreveu uma porção de livros eróticos. Um deles inclusive vai
virar uma série erótica, o Crossfire. Na verdade Crossfire é uma triologia:
Toda sua, profundamente sua e Para sempre sua, que são os três livros mais
famosos dela.
Vi que em 2013 ela esteve no Brasil na Bienal do Livro em
São Paulo. Definitivamente eu virei fã dela e aproveitei e comprei outro livro
que ainda não li. Quero ler mais e mais. Acho que esse tipo de literatura e
temáticas de erotismo para mulheres deveriam ser mais exploradas. Assim como
HQs e pornografia feminina. Sim, eu acredito em pornografia para mulheres. Ainda
existe muito preconceito a respeito da sexualidade feminina. Até mesmo as
próprias mulheres desconhecem o potencial de seus corpos e mentes. Ainda é
muito comum mulheres que falam que não conseguem chegar ao orgasmo e que não
curtem masturbação por não conseguirem chegar ao clímax. Além daquele tanto de
mina que fala por aí que nunca fez esse tipo de coisa.
Voltando ao livro, vou deixar um trecho dele para matar um
pouco da curiosidade.
-Ela precisa de um tempo sozinha, senhor – prosseguiu a
criada – Dispensou-me porque queria se deitar. Por certo estará melhor amanhã.
Com meneio de cabeça, Alistair afastou-se, cerrando os
dentes. Droga! Tinha inveja e ciúme de um homem morto! Ele descobrira que, na
véspera do casamento, Jess convencera o noivo a satisfazer-lhe os desejos que
ele tinha acendido nela. Se ele, Alistair, despertara em Jess a paixão sensual,
fora tarley quem gozara do direito de desfrutá-la. De certo modo, a história se
repetia novamente.
Ofendido em seus brios, Alistair dirigiu-se à cabine de
jess, onde entrou pela porta destravada. Como ouviu barulho de água, foi direto
para o banheiro. Premiado pela ousadia, deparou com jess na banheira,
semicoberta de espuma, revelando seus ombros desnudos e uma perna dobrada, cuja
coxa muito alva ela logo escondeu.
- Sr. Caulfield – disse ela, visivelmente contrariada –
Ninguém o ensinou a bater a porta?
Jess tinha os cabelos envoltos em uma toalha. Não denunciava
medo nem vergonha de insinuar suas belas formas, ligeiramente visíveis sob a
espuma branca. Ela havia solicitado um bom
estoque de água, suficiente para encher a banheira. Na borda desta
equilibrava uma garrafa de vinho. O corpo e a pele de Jess torturaram os
sentidos de Alistair, mas ele se conteve diante a situação.
- Quer tomar uma taça? Você parece notavelmente à vontade ao
observar uma dama na toalete.
- E você notavelmente à vontade ao ser observada
-Faz isso com frequência? (...) Você não deveria me
acompanhar na minha cabine particular.
-Basta pedir que eu sairei no mesmo instante. Embora julgue
que alguém deva ficar sempre ao seu lado. Você dispensou Beth, então fico feliz
em substituí-la.
-Aproveita-se da minha solidão e de sua impetuosidade, como
ocorreu ontem- ela suspirou – a reputação me é muito importante.
- Pra mim também. Seu bom nome me é importante.
-Por quê? – Jess abriu seus olhos cinzentos
-Se importa para você, importa para mim.
O olhar dela seria desconcertante se Alistair não estivesse
determinado a ser completamente honesto com Jess. Por isso a acusou:
- Você gosta de se exibir...
-Gosto de ser espiada no banho por se tratar de você. É
perturbador.
Alistair escondeu um sorriso de satisfação.
-Você está se revelando uma exibicionista.
Também ela era honesta com Alistair; um pouco embriagada,
mas franca. Ele nutria admiração por Tarley, o falecido marido de Jess, o
primeiro homem da vida dela e seu mestre em tudo que envolvia erotismo. Tal sentimento,
porém, não excluía uma dose de frustração machista. Talvez por ser mais maduro
e racional, Benedict Tarley não tivesse conseguido saciar o apetite sexual da
esposa. A forma física e os talentos sensuais de Alistair contavam pontos a seu
favor, atraindo as mulheres que o assediavam. Nunca, até aquele momento na
cabine do navio, ele confiara tanto nos próprios dotes.
-Vamos reconhecer que a atração entre nós é mútua – comentou
ele.
-Mas não tem lugar normal em nossas vidas – esmerou-se ela
em responder.
-Mas não estamos em um momento normal de nossas vidas agora.
Nem estaremos nos próximos meses ou semanas, pelo menos.
-Somos muito diferentes. Talvez você pense que, naquela
noite no bosque de Pennington, eu me excitei profundamente, pelo resto da minha
existência. Porém, asseguro-lhe que fiquei confusa e mortificada, nada digno de
nota além disso.
Jess tomou o resto do vinho que havia na taça. Dobrou as
pernas e abraçou os joelhos.
-Não posso ser sua amante – sentenciou, de forma concisa e
firme.
-Nunca lhe pediria isso – Erguendo-se, Alistair tirou o
casaco e pendurou-o no espaldar da cadeira. De pé, sentiu todo o poder de sua
ereção, que era como um atiçar de fogo- Não almejo nenhum arranjo especial com
você, não quero ser servido, mas servir, aplacar todas as suas fantasias,
necessidades e momentos de tensão, como agora. Precisamos terminar o que começamos
há 7 anos atrás. O que me diz?
(...)
Jess saiu da banheira e mostrou-se toda sua exuberância física,
como uma Vênus surgindo das águas. Não estava nem um pouco envergonhada com o
fato de estar nua diante de um homem. As mãos dela percorreram seus seios
plenos, depois o abdome. Talvez pretendesse secar-se dessa maneira, mas havia
algo a mais: uma visível explosão de sentidos. Ela apalpou as próprias nádegas,
entre suspiros crescentes, e em seguida desceu os dedos até o baixo-ventre,
procurando entre as pernas o botão rosado escondido em sua genitália. Parecia
transportada pelo desejo, que a autoexcitação apenas ressaltava. Tal como
Alistair, Jess estava presa em uma onda de lascívia fortalecida pelo
exibicionismo, e que também o deixava motivado a ponto de sentir dor em seu
membro rígido.
-Como você é bela- Exclamou Alistair, sem escandalizar-se
com aquela cena provocante, mas disposto a tirar proveito dela –Deixe-me
enxuga-la.
Ele retirou a toalha que cobria a cabeça dela e pressionou-a
nos ombros, depois no pescoço, e, enfim, no peito de Jess. E, ao fazê-lo, inclinou-se
a fim de abocanhar os convidativos seios dela. Sugou-lhe um a um os mamilos,
com intensidade e adoração. Estavam duros e proeminentes. Alistair sentiu que
ela ansiava por afagos orais na área genital, mas não se furtou, antes, a um
demorado, quente e molhado beijo na boca. Decidira satisfaze-la, se tivesse a
chance, até o limiar da loucura. Assim ela se esqueceria de qualquer outro,
menos dele. E naquele instante especial, não se afastaria nem vestiria o roupão
pendurado na porta do banheiro. A própria pele úmida serviria para aumentar-lhe
o prazer.